A maior festa do cinema mundial deste ano foi caracterizada pelo equilíbrio entre os finalistas. "Argo" recebeu o Oscar de melhor filme, mas foi um ator que fez história.
A pequena Quvenzhané Wallis, a mais jovem atriz já indicada ao Oscar, estava toda feliz em um vestido longo, acenando para o público.
Ben Zeitling, o diretor de Indomável Sonhadora - que concorreu a melhor filme - mandou um alô para os parentes do Brasil. "Eles estão super animados", disse.
Emanuelle Riva - a atriz mais velha já indicada ao prêmio - apareceu logo depois. Ela completou 86 anos neste domingo.
Pergunto se o Oscar não seria um bom presente. "Não vou criar expectativa. Se eu for surpreendida por essa maravilha ficarei muito feliz.", afirma a atriz.
Nicole Kidman, Jennifer Lawrence, George Clooney, Jessica Chastain, Ben Affleck, Dustin Hoffman. O desfile de astros e estrelas no tapete vermelho parecia não ter fim.
Dentro do teatro, uma festa eletrizante.
O austríaco Christoph Waltz ganhou o segundo Oscar da carreira como ator coadjuvante - agora pela atuação em “Django Livre”.
Entre as atrizes coadjuvantes, nenhuma surpresa. Anne Hathaway levou a estatueta por "Os Miseráveis."
O mesmo aconteceu com o Oscar de melhor ator: Daniel Day-Lewis, pela interpretação impressionante em "Lincoln". Ele foi ovacionado pelos colegas, o primeiro ator na história a vencer três vezes nessa categoria.
Para melhor atriz, nem a mais nova, nem a mais velha. A academia escolheu Jennifer Lawrence, de "O Lado Bom da Vida". Ela ficou tão emocionada que caiu na escada ao subir no palco.
A noite teve o comando de um comediante pouco conhecido, mesmo nos Estados Unidos: Seth MacFarlane.
E ainda muitos números musicais. Da veterana Barbra Streisand e da britânica Adele, que levou o Oscar de melhor canção original pela música do filme "Operação Skyfall".
A festa do Oscar é sempre cheia de glamour, mas este ano os executivos de Hollywood têm um motivo a mais para comemorar. As nove produções indicadas na categoria de melhor filme já faturaram o equivalente a R$ 4 bilhões ao redor do mundo, o melhor desempenho dos últimos 15 anos. A bilheteria mais rentável é a de "As aventuras de Pi".
O diretor taiwanês Ang Lee brincou que entre cinco indicados, tinha 20% de chance de vencer. "Mas aconteça o que acontecer já estou feliz de estar aqui", comentou.
Em uma noite muito equilibrada, o filme levou quatro estatuetas: melhor fotografia, efeitos especiais, trilha sonora e melhor diretor - o segundo Oscar da carreira de Ang Lee.
O drama político "Argo" foi inspirado na história real do agente da CIA Tony Mendez. Indignado, ele me disse que foi terrível o fato de Ben Affleck não ter sido indicado a melhor diretor. "Mas vamos levar todos os troféus", afirmou.
A boa notícia para Tony veio da Casa Branca - ao vivo. A primeira-dama Michelle Obama abriu o envelope com o nome do ganhador na categoria melhor filme.
De esnobado a grande vencedor. "Não importa quantas vezes te derrubam na vida. O importante é você se levantar”, desabafou Ben Affleck.
Seth MacFarlane não quer
mais apresentar o Oscar
O humorista afirmou que não voltará a comandar a premiação. Foto: Robyn Beck/AFP Photo |
O apresentador da cerimônia do Oscar deste ano, o humorista Seth MacFarlane, afirmou nesta terça-feira que não voltará a comandar a premiação, depois de ter sua atuação criticada como ofensiva e entediante.
O criador da série animada Family Guy disse, no entanto, que foi divertido ter apresentado o 85o. Oscar, apesar das críticas que recebeu, principalmente por brincar com os seios das atrizes e os judeus de Hollywood.
A escolha de MacFarlane como apresentador do Oscar foi vista como uma tentativa de atrair o público mais jovem para a cerimônia.
As cifras iniciais sugerem que a estratégia funcionou, pois a audiência doméstica do show subiu 11%, ou seja, cerca de 40 milhões de pessoas a mais viram a transmissão, de acordo com o instituto Nielsen.
O prêmio máximo da Academia, ainda que mais injusto que qualquer outra coisa, é o Santo Graal das produções cinematográficas. Mesmo considerando o fato de que é bem raro uma animação, documentário ou filme estrangeiro vençam, ainda é uma meta. “Digno de Oscar”, afinal, é um elogio recorrente à filmes considerados bons.
Daí que esse ano o páreo está entre nove produções, as mais diferentes possíveis, o que torna bem complicada a avaliação e comparação entre elas. Mas, como nos lembra o saudoso “Highlander”, no fim, só pode haver um.
As atuações entre as atrizes em 2012 estão tão uniformes quanto as dos atores, o que deixa bem complicado apostar em algum nome. Agrava isso o fato de muitos dos filmes nem terem chegado por aqui ainda, o que faz com que seja complicado avaliar, assim como todos os anos.
Comecemos pelas coadjuvantes:
Melhor atriz coadjuvante
Bérénice Bejo - "O Artista"
Jessica Chastain - "Histórias Cruzadas"
Melissa McCarthy - "Missão Madrinha de Casamento"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Octavia Spencer - "Histórias Cruzadas"
A coisa está feia para quem não esteve no elenco de “Histórias Cruzadas”. A tendência das premiações anteriores tem sido dar o prêmio para Octavia Spencer, que é hilária e, ao mesmo tempo, triste, em seu papel no filme. E a única real ameça a esse poderio é justamente sua colega de elenco, Jessica Chastain, que fez um 2011 brilhante, estrelando “A Árvore da Vida” e “O Abrigo”, além de “Histórias Cruzadas”.
Melhor atriz
Glen Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias Cruzadas"
Rooney Mara - "Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres"
Meryl Streep - "A Dama de Ferro"
Michelle Williams - "Sete Dias com Marilyn"
A categoria para as atrizes principais está, por outro lado, muito mais equilibrada. Viola Davis levou o Sindicato dos Atores. Meryl Streep ficou com a Melhor Atuação Dramática e Michelle Williams levou como a melhor em Comédia e Musical, ambas no Globo de Ouro. E isso não quer dizer que Glen Close ou Rooney Mara não tenham alguma chance.
A inércia, de dar prêmios para pessoas consagradas, levaria a estatueta para Streep. Mas pela lógica de compensar injustiças – considerando que Streep já foi indicada 16 vezes, entre as duas categorias de atuação feminina, e já tem dois Oscars – o prêmio poderia ir para qualquer uma das outras quatro.
Quem fica, nesse caso, com menos chances é Mara, por conta da natureza de sua personagem. Afinal, não é de hoje que filmes mais violentos são menospresados pelo Oscar devido a votantes mais sensíveis (o que, em muitos níveis, explica a ausência de “Drive” na premiação). Fora isso, Mara é a mais jovem das indicadas e isso costuma pesar contra.
Confira a cobertura especial do Oscar no canal exclusivo do POP, e não deixe de acompanhar a cobertura da cerimônia em tempo real que acontecerá no domingo, dia 26 de fevereiro.
Parte da dicotomia do Oscar é que existe um prêmio para melhor diretor e outro para melhor filme. Eu, pelo menos, acho curiosa a ideia de que alguém possa ter feito a melhor direção, mas não tenha feito o melhor filme. Claro que o cinema é uma arte coletiva por excelência, mas é o diretor que é o responsável por unir todos esses profissionais.
Mas clamar por coerência não impede que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas separe os dois prêmios. E como é o que temos, vamos falar um pouco sobre como estão as chances de cada diretor.
Não é incomum que a disputa do Oscar seja relativamente equilibrada. Mas este ano está bem complicado apontar um nome. Especialmente porque muitos dos filmes ainda nem estrearam por aqui. Mas como o exercício de futurologia é necessário em se falando do Oscar, vale a pena pensar como estão as possibilidades, começando pelos coadjuvantes.
Melhor ator coadjuvante
Kenneth Branagh - "Sete Dias com Marilyn"
Jonah Hill - "O Homem que Mudou o Jogo"
Nick Nolte - "Guerreiro"
Christopher Plummer - "Toda Forma de Amor"
Max von Sydow - "Tão Forte e Tão Perto"
Alguém poderia dizer, não sem razão, que este é o ano de Christopher Plummer. Ele já venceu o prêmio do Sindicato dos Atores e o Globo de Ouro nessa mesma categoria, por esse mesmo filme. Deve ser bem complicado que outro ator vença em seu lugar, especialmente pela lógica de compensação do Oscar, já que Plummer jamais ganhou um prêmio e a sua única indicação foi em 2010 por “A Última Estação”, interpretando Leon Tolstoi. Os votantes da academia adoram pensar: “ele é velho e podemos não ter outra chance de premiar um ator tão bom”. Isso, claro, por méritos dele mesmo.
Está meio claro que Jonah Hill não tem muitas chances e está feliz simplesmente com a indicação. O pessoal da academia, pelo mesmo motivo da entrega do prêmio para Plummer, deve pensar algo como: “se ele for bom mesmo, vai continuar sendo indicado e pode vir a ganhar”. O mesmo raciocínio vale para Branagh, que até já foi indicado antes, por “Henry V”, como melhor ator, mas ainda é jovem o suficiente para fazer outras grandes performances.
As ameaças (minimamente) reais à certeza de Plummer são Max von Sydow e Nick Nolte. Especialmente Sydow, que está em sua primeira indicação e é o mais velho da lista. Nolte já foi indicado duas vezes, como Melhor Ator, ainda que não tenha vencido nenhuma. Mas é importante lembrar que, apesar de reais, são ameaças bem relativas. A noite deve ser mesmo de Plummer.
Melhor ator
Demián Bichir - "A Better Life"
George Clooney - "Os Descendentes"
Jean Dujardin - "O Artista"
Gary Oldman - "O Espião Que Sabia Demais"
Brad Pitt - "O Homem que Mudou o Jogo"
Se o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante está inclinado para Christopher Plummer, o de Melhor Ator, por outro lado, não tem definição clara. Se, por exemplo, tomarmos como guia as premiações anteriores, a disputa ficaria entre Jean Dujardin e George Clooney, pendendo para o francês, que ganhou o Sindicato dos Atores e o Globo de Ouro. O problema é que Clooney também ganhou o Globo de Ouro, que separa a premiação entre comédia e drama.
Fora isso, Gary Oldman, dos melhores atores de sua geração, nunca havia sido sequer indicado e está magistral em “O Espião que Sabia Demais”, filme que não estreou a tempo de concorrer aos outros dois prêmios. Por outro lado, Clooney já foi indicado quatro vezes, três como melhor ator (venceu o de coadjuvante por “Syriana”), enquanto Pitt, também na terceira indicação, tem chances pois a Academia pode estar interessada em fazer um de seus famosos acertos de contas.
A verdade é que, fora Demián Bichir, que parece estar ali meio por acaso (era melhor dar a indicação para Leonardo DiCaprio por “J. Edgar”), o prêmio não seria injusto para nenhum dos outros quatro indicados.
Melhor Roteiro e Melhor Roteiro Adaptado são dois dos prêmios menos cinematográficos do Oscar. Afinal, ao ver um filme, não temos contato com o roteiro, mas com a visão do diretor e dos atores sobre o roteiro. O que não quer dizer que todo filme traia, necessariamente, seu roteiro.
Mas é claro que, através do filme, é possível ter uma ou outra ideia sobre a qualidade do material original, e é com isso que vamos trabalhar agora, começando pelas adaptações:
Melhor roteiro adaptado
O grande filme de grife de roteiristas esse ano, sem dúvida, é “O Homem que Mudou o Jogo”. O roteiro é de Aaron Sorkin, vencedor do ano passado por “A Rede Social”, e Steve Zaillian, vencedor pelo trabalho de adaptar “A Lista de Schindler”. Vai ser bem difícil tirar o careca dourado das mãos desses dois, apesar de este não ser o trabalho mais brilhante dos dois.
Mas se tem alguém que pode, esse alguém é Peter Straughanc, que escreveu o roteiro de “O Espião que Sabia Demais”. A texto é brilhante de começo ao fim, especialmente ao trabalhar as delicadas nuances psicológicas de cada personagem e de criar uma trama complexa que não seja truncada, de difícil compreensão.
Mas é preciso que fique claro que qualquer um dos trabalhos de adaptação é merecedor da premiação este ano. Ainda que o vencedor não seja nenhum dos dois trabalhos dos parágrafos acima, o Oscar estará bem encaminhado, caso seja vencido pelos outros.
Melhor roteiro original
"O Artista"
"Margin Call - O Dia Antes do Fim"
"Missão Madrinha de Casamento"
É até curioso perceber que todos os filmes indicados a melhor roteiro sejam os menos pirotécnicos de toda a premiação, profundamente calcados em diálogos e situações, muito mais do que em qualquer outro artifício.
De cara, meio que dá para excluir “Missão Madrinha de Casamento” do páreo, pelo simples motivo de não ser um trabalho especialmente brilhante. O filme acabou sendo indicado mais para acalmar os jornalistas americanos, que amaram o filme, sabe-se lá porque. E é por esse mesmo motivo que ele deve ficar apenas como indicado. Outro que deve ficar de fora (e se contentar com Melhor Filme Estrangeiro) é “A Separação”. Não por demérito, mas pela preguiça habitual do americano médio (e isso inclui muitos dos votantes) com legendas, o que causa uma certa aversão ao filme.
As chances reais estão entre os outros quatro, pendendo para o trabalho de Woody Allen em “Meia Noite em Paris”, que já levou o Globo de Ouro na categoria. Allen, sem dúvida, escreveu alguns dos melhores diálogos e montou uma estrutura singela, brincando com um neo-realismo fantástico (de ocasião).
Ontem mesmo foi publicado no POP um texto apontando alguns motivos pelos quais o Oscar não deve ser levado tão a sério. Eles seguem perfeitamente válidos. Mas não dá para dizer que um evento que cause tanta comoção mundo afora seja tão dispensável assim. É meio óbvio que o Oscar, ainda que injusto e com uma série de problemas, é uma premiação que vale a pena acompanhar (e fazer torcida).
A questão é por quê.
Em geral, Hollywood é voltada para os lucros. Quanto menor o custo de produção e maiores os lucros, mais eles gostam. A questão é que a tendência desse pensamento é termos cada vez mais “Transformers” e correlatos e cada vez menos “Meia Noite em Paris”, para ficar no mais recente filme de Woody Allen.
Mas isso não acontece inteiramente graças a toda a movimentação do Oscar. Ao lado dos filmes feitos para explodirem nas bilheterias, existem os projetos feitos para agradar o público votante do Oscar. A ideia é que, ao mesmo tempo, esses filmes ganhem uma sobrevida, sendo relançados e re-relançados, entrando para uma espécie de cânone cultural da sociedade ocidental contemporânea.
Claro que muitos desses longas nem chegam a ganhar o Oscar. Mas o simples fato de serem feitos pensando na premiação (com bons atores, bom roteiro e boa direção sendo mais valorizados do que explosões, nudez e violência usados de forma gratuita), acaba fazendo valer a pena. Nunca teríamos filmes como “Beleza Americana”, “Quem Quer Ser Um Milionário”, “Onde os Fracos não Têm Vez” ou “Os Infiltrados”, só para ficar em alguns dos clássicos contemporâneos.
É importante prestigiar o Oscar pela visibilidade que esses filmes ganham, o que torna interessante para os estúdios seguirem produzindo-os. Este mecanismo de retroalimentação é mais saudável para a construção de um ‘bom cinema’ (o que mistura arte e entretenimento, como os citados acima), do que qualquer apoio estatal parece ter feito até agora. E não estamos falando só do Brasil.
É fato que o Oscar (nome íntimo para o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas) é o maior evento para o mundo do cinema. Não só maior como as mais de 80 edições já tornaram ele também o mais tradicional. O que não quer dizer que seja a premiação mais justa do cinema.
A questão é que nenhuma premiação cinematográfica (ou artística, vá lá) é justa simplesmente pela natureza subjetiva da escolha. Uma atuação, filme, imagem não comove a todos da mesma forma. Como, pelo simples motivo de o cinema lidar com as nossas emoções (entre outras coisas), acabamos nos tornando extremamente passionais em relação a esses filmes, sempre temos aquela indignação manisfestada esbravejando: “como assim o Leonardo Di Caprio não foi indicado por ‘J. Edgar’?”.
Daí que o Oscar é um prêmio que é historicamente injusto. Gente como Stanley Kubrick, considerado por muitos o maior cineasta de todos os tempos, nunca ganhou uma única estatueta. Outro mestre, Alfred Hitchcock, apenas um pelo conjunto da obra e outro para melhor filme (“Rebbeca”, que nem é um dos grandes clássicos), mas nunca considerado Melhor Diretor. Isso para não falar de Orson Welles com seu “Cidadão Kane” (mas aí entra a coisa da campanha difamatória do pseudo-biografado pelo filme, que se sentiu denegrido).
Falando em filmes, as injustiças clássicas são sempre “Laranja Mecânica”, de Kubrick novamente, que perdeu para “Operação França”, que é bom, mas nem tanto, e “Taxi Driver”, que perdeu para “Rocky, um Lutador”, que é bom, mas não era para tanto. E, claro, a edição de 1999 em que o engraçadinho “Shakespeare Apaixonado” bateu “O Resgate do Soldado Ryan”. Além de, claro, o ano passado em que venceu “O Discurso do Rei”, que é bacana mas apenas correto, em detrimento de filmes como “A Rede Social” (uma aula de roteiro), “Toy Story 3” (que fez muito marmanjo chorar) ou “Bravura Indômita (belíssimo filme dos irmãos Coen).
Além disso, a Academia tem um irritante hábito de corrigir injustiças do passado, fazendo novas injustiças. Um exemplo foi a vitória de Russell Crowe por “Gladiador”. Boa atuação, mas não tão boa quanto a de “O Informante”, pelo qual havia sido indicado no ano anterior, mas perdeu para Kevin Spacey, realmente merecedor por “Beleza Americana”. O problema foi que, para dar o prêmio para ele no ano seguinte, quem acabou sendo prejudicado foi Javier Bardem e Ed Harris, que estavam incríveis em “Antes do Anoitecer” e “Pollock”, respectivamente. O mesmo aconteceu no ano seguinte, quando quem levou foi Denzel Washington por “Dia de Treinamento”, sendo que seu grande trabalho havia sido “Hurricane”.
Todas essas injustiças não irão se corrigir pela própria natureza da premiação: o voto, que é subjetivo até não poder mais. Como os filmes, atores e diretores mais célebres, que realmente entrarão para a história do cinema, podem ou não ser premiados, o negócio é aproveitar a festa e se divertir com as piadas do Billy Crystal.