">
Criar um Site Grátis Fantástico

Entrevistas

Entrevistas

 

                                         

                 

 

                                                                                                                                                                                                                                                                      

                                                                     

Entrevista Com Andreas Kisser

 Na manhã do dia 03 de outubro, o guitarrista do Sepultura gentilmente concedeu-nos entrevistaexclusiva via telefone. Com muita simpatia, Andreas falou-nos dos planos atuais de sua carreira e do Sepultura. Confira a íntegra da entrevista. 

Musicão:  Como sabemos, todos vocês sempre desenvolvem, além das atividades com a banda principal, projetos paralelos em parceria com outras bandas e músicos. Como estão seus projetos pessoais atualmente? 

Andreas:  Os projetos paralelos andam um tanto parados, pois lançamos um disco (Kairós) no ano passado e ainda estamos viajando na turnê de promoção deste álbum. Aliás, temos viajado muito, desde o lançamento até agora, não pudemos dar pausas. Entretanto, fiquei muito feliz em haver tocado em agosto com uma banda cover dos Beatles de Vitória, o Clube Big Beatles no Matthew Street Music Festival e ter sido o primeiro brasileiro a ganhar meu tijolo no Muro da Fama do Cavern Club. Já possuo um primeiro álbum solo (Hubris I & II), duplo, com canções também em português e uma demo instrumental, utilizando bateria eletrônica para meu próximo álbum solo, mas, por enquanto, estou sem tempo de me dedicar mais a este projeto. O Sepultura lançará novo álbum ano que vem, então estamos dando maior foco a este trabalho. Com o Sepultura excursionaremos agora pela América Latina, Ásia (Indonésia) e faremos um cruzeiro pelas ilhas do Caribe (Bahamas), só depois disso é que daremos um tempo nas atividades, afinal, serão quase cinco meses direto na estrada. 

Musicão: O que você está ouvindo atualmente, afinal, com tantas bandas novas surgindo e o advento das novas mídias, quais os rumos que, em sua opinião, estão conduzindo a música e o rock no Brasil hoje? 

Andreas:  O Brasil sempre foi um país criativo, nas artes de modo geral, não apenas na música… Sempre aparecem coisas novas muito interessantes e nos últimos anos, Recife (Pernambuco), tem se destacado neste novo cenário. Adoro o rock agressivo impregnado de regionalismo nas vertentes musicais típicas nordestinas, como o maracatu, por exemplo. Não costumo colecionar CDs, gosto muito mais de tocar com músicos diferentes e experimentar sonoridades tocando do que propriamente de ouvir. Na minha discoteca particular tem coisas mais antigas que contemporâneas… Gosto de tocar blues, estudo violão clássico, e adoro tocar com músicos de outros estilos, além do metal. 

Musicão: Mas em meio à todas as inovações tecnológicas, como você acredita que o rock sobreviverá, ou se modificará, nas próximas décadas? 

Andreas: É difícil prever, pois o rock é mutante, sempre foi, desde sua gênese com Elvis e outros e vêm sobrevivendo nos últimos 60 anos, inclusive sofrendo alterações na junção com outros estilos. Temos como exemplo os próprios Beatles que misturavam clássico, com música indiana e folk irlândes, junto com o estilo britânico de se fazer rock. 

Musicão: Qual a mensagem que você gostaria de deixar para os fãs? 

Andreas: Não só para os fãs do SEpultura e de metal, mas para todos os que gostem de fazer música, que queiram seguir uma carreira o importante é fazer o que se sente, se têm vontade, para não acabarem se tornando meros fantoches da mídia ou de quem quer que seja. O Sepultura sempre representou o Brasil, o jeito brasileiro de se fazer metal, produzindo o som que a gente quer, gosta de fazer… Então, o importante é curtir muito o que se faz e manter a cabeça aberta para ouvir vários estilos de som diferente, sem esquecer de encontrar o seu próprio som, seu próprio jeito de tocar… Acho que a garotada que está surgindo precisa criar sua música, sua arte!


Rancore

Em entrevista concedida por telefone Teco Martins, vocalista da banda Rancore, discorre sobre o histórico da banda, que recém lançou seu terceiro álbum, e sobre as expectativas e planos da banda para este novo trabalho

Musicão: Como surgiu a idéia de fundar a banda? 
Teco: Surgiu na época de escola, eu estava na 8a. série quando um colega, Candinho, chamou para tocar depois da aula. 

Musicão: Quais são suas principais influências musicais? 
Teco: Ser aberto a ouvir tudo o que surge de bom, então há influências de coisas recentes e músicas mais antigas. Para este CD ouvimos muito Fullgás, Jorge Ben Jor e Nirvana. 

Musicão: Como a banda enxerga os atuais rumos do rock nacional? 
Teco:  Parece que tá rolando uma grande reforma, surgindo uma nova cena. Há muitas bandas emergentes de boa qualidade como Sugar Kane, Medula e outros tantos nomes. Há muitas coisas boas surgindo é só procurar conhecer. 

Musicão: Como foi o processo de criação deste CD? 
Teco: Começamos a compôr as canções no final de 2009 aproximadamente. 
Há um estúdio na garagem do nosso guitarrista e depois fomos para o Rio de Janeiro, onde residimos por dois meses e meio para finalizar a gravação do CD. 
Compusemos duas músicas lá no próprio estúdio, no Rio, pesquisamos muito e alguns documentários também auxiliaram bastante na atmosfera que trouxemos para nossa música. Foi ótimo para nós estarmos no Rio, em contato com toda essa sonoridade! 

Musicão: Quais são as expectativas da banda em relação a este trabalho? 
Teco: Não somos de criar muitas expectativas, acreditamos sempre em dar um passo por vez. Estamos lançando um novo clipe para a canção “Jeito Livre”. Tudo pode acontecer… 

Musicão: Fale um pouco sobre os planos futuros. 
Teco: Continuar realizando muitos shows e divulgar bastante nosso novo trabalho. 

Musicão: Já há pensamentos e pesquisas para um novo álbum? 
Teco: Por enquanto não, pois acabamos de lançar há duas semanas este novo álbum, então, inicialmente vamos nos dedicar à divulgação deste trabalho, pois nos dedicamos tanto a ele que queremos que ele seja explorado ao máximo, para que também possamos fazer algo totalmente novo e diferente para nosso público num trabalho posterior, trazer idéias novas e não ficar repetindo os mesmos conceitos. 

Musicão: Como está a agenda de shows? 
Teco: Quem quiser conferir nossa agenda é só entrar no fotolog da banda. 
Nossos próximos shows serao em Campinas, Guarulhos, Limeira e todo o interior de São Paulo. Até julho temos muitas datas agendadas e continuam aparecendo novos convites. 

Musicão: Como o CD está sendo recebido pelo público e pela crítica? 
Teco:  Está sendo melhor do que esperávamos. Fizemos a estréia no Hangar com o público cantando junto, numa vibração muito gostosa. As críticas têm sido bem positivas! 



Musicão: O que gostaria de dizer aos fãs e apreciadores de sua música? 
Teco: Vamos aparecer nos shows para que possamos trocar idéias, informações, experiências… A banda está sempre aberta à comunicação com o público. Vamos todos curtir juntos este momento bom!


Entrevista: Fedde Le Grand

 

Uma das principais atrações do UMF, Fedde é mundialmente conhecido por suas mixagens e falou com exclusividade ao Musicão sobre seu set no festival, sua carreira e influências. 

Musicão: Fedde, você já se apresentou recentemente no país em clubs e festas fechadas, o que podemos esperar desse set no UMF? 
Fedde Le Grand: Realmente é diferente, são outras circunstâncias e a ideia é que seja um set mais pesado, dançante, quando toco em clubs menores eu posso experimentar algumas coisas e ver o que funciona ou não, tocando na Carl Cox Arena eu preciso manter a empolgação do público alta e clássicos não vão faltar para isso. 

Musicão: Você é dono de um selo de música eletrônica, como é lidar com a distribuição do material e a pirataria? 
Fedde Le Grand: Ainda é complicado, o público não tem muito definido como é comprar música digital e isso ainda é confundido com pirataria, no meu caso, tenho que tomar muito cuidado com os lugares onde vou distribuir minha música e seu retorno, já que podemos ter problemas com pessoas que possam vir a distribuir meu material sem autorização, estamos em um momento de transição na música e é nebuloso afirmar qualquer coisa, mas o importante é que estamos produzindo e isso é sempre bom para a música. 

Musicão: A música eletrônica é, provavelmente, o estilo musical com mais vertentes, mas quando falamos de influências, quais nomes são sua referência? 
Fedde Le Grand: Indiscutivelmente o funk da década de 60 e 70, James Brown, Funkadelic, Bootsie Collins, é o tipo de som que praticamente foi o embrião da música eletrônica, claro que todos os movimentos são influências, mas esse tipo de som foi importante para que tudo viesse a ser como é hoje. 

Musicão: Uma das características mais comuns da música eletrônica na atualidade é se fundir a outros estilos, principalmente ao rock e vice-versa, como você avalia tudo essa influência de ambos os estilos? 
Fedde Le Grand: É sempre interessante para a música e o público essa homegeneidade, eu trabalhei com diversos artistas e existem aqueles que se destacaram mais em minhas produções. Gostei muito de trabalhar com o Everything But The Girl em Missing e muitos outros artistas, mas acredito que seja muito mais prazeroso remixar, é o que faço melhor, nunca fui tão fã de sentar e começar a produzir, programar música, gosto de tocar, sentir a energia do público e vê-lo dançar mas também desempenho projetos fora disso, um deles é com um artista alemão, onde estamos realizando uma boa mistura e em breve teremos novidades.

 

 

 

Entrevista: Anderson Noise

Em entrevista exclusiva ao Musicão, um dos mais consagrados DJs nacionais, Anderson Noise, falou sobre a expectativa do evento, seus projetos e a música eletrônica atual. 

Musicão: Anderson, o UMF chega ao Brasil com um line up invejável, porém, grande parte delas já se apresentou por aqui diversas vezes, quais os diferenciais do festival? 
Anderson Noise: A possibilidade de ver grande parte dessas atrações em um único dia é por si só uma grande oportunidade, mas o que torna o UMF um festival único é, sem dúvidas, o fato de parte delas apresentarem-se em formato DJ Set, embora cause estranhamento, é dessa forma que o público poderá conferir as verdadeiras influências dos artistas em um clima de festival e com diversas opções. 


Musicão: Você já se apresentou ao lado de grandes nomes e realizou diversas parcerias, com quem gostaria de dividir um estúdio ou se apresentar ao vivo? 
Anderson Noise: Sem dúvidas o Kraftwerk, eles são uma das maiores referências que eu tenho e éincrível imaginar uma oportunidade como essa, apesar de se apresentarem ao vivo poucas vezes, a influência deles em todas as vertentes da música eletrônica é absurda e seria realmente uma sensação incrível dividir um estúdio com eles. 


Musicão: Quais suas expectativas para a primeira edição do UMF? 
Anderson Noise: São as melhores possíveis, participar da Carl Cox Arena, uma das maiores tendas do mundo, é sem dúvida uma experiência única, a escolha do line up também empolga muito e espero realizar a abertura desse line up com um set pesado e dançante. 


Musicão: Você realizou projetos pioneiros na música eletrônica nacional, quais seus próximos passos? 
Anderson Noise: Sem dúvida, até hoje tenho gravado o primeiro DVD e CD ao vivo da música eletrônica nacional (Musicão: gravados durante a realização de uma edição do Skol Beats) e me apresentei juntamente a uma orquestra, uma experiência única. Para o próximo ano vou focar o lançamento de novos sons, novas produções em vinil e novos formatos, além de tocar muito! 

Musicão: Voltando a falar do UMF, ele será realizado em formato diurno, o que você acha disso? 
Anderson Noise: O Brasil é carente desse tipo de experiência, são raras as festas que possibilitam esse formato e o Ultra é uma oportunidade de aplicar essa cultura no país, já que é tão comum lá fora, em um primeiro momento pode ser estranho, mas é algo que logo vai se consolidar no país.


Dulce María conta tudo

 

Em visita ao Brasil para divulgação do seu novo single “Inevitable”, acantora e atriz mexicana Dulce María (ex-RBD) concedeu entrevista no dia 13 de agosto falando tudo sobre as suas carreiras de atriz, cantora e escritora. 

Sobre seu primeiro álbum solo (“Extranjera”, a ser lançado ainda este ano), Dulce declarou ser um desafio trabalhar sozinha agora, já que todas as decisões precisam ser tomadas por ela (fotos, letras das músicas, faixas a serem trabalhadas no CD), e antes, durante a sua passagem pelo RBD, todas as decisões eram conjuntas. 

O título do álbum foi escolhido dentre as faixas do disco, por ser a que melhor retrata como ela se sente após tantas viagens, por sentir-se em alguns momentos deslocada e solitária, mesmo estando em um lugar conhecido. “É como ter o coração de uma estrangeira”. 

Ainda sobre o álbum, Dulce confirmou que está ensaiando junto com a sua banda para partir em turnê após o lançamento disco, e pretende vir ao Brasil, porém ainda não tem nada acertado. 

Dulce revelou que não pretende e nem espera ter o mesmo sucesso que o RBD teve, afinal o sucesso do grupo foi muito repentino, e hoje as suas ambições são outras: ser reconhecida com cantora e compositora solo. Disse também que tem muito carinho pelos ex-colegas de trabalho, e que ainda mantém contato eles. 

dulce-maria2.jpgA cantora aproveitou para agradecer aos fãs que se dedicam tanto a ela. “É importante ter este retorno dos fãs, que acompanham com tanta paixão e dedicação o artista. Sei que alguns deles fazem tattoo e acompanham a minha carreira, e isso me motiva a sempre me empenhar para realizar um trabalho cada vez melhor. É uma responsabilidade muito grande conseguir retribuir o carinho dedicado pelos fãs. Hoje posso decidir o que vou cantar, a responsabilidade da imagem como artista vem apenas nas minhas decisões”. 

Sobre a sua relação com a internet, Dulce confirmou que utiliza (e muito) a rede, tanto para divulgar o seu trabalho, com Twitter, Facebook e Website – o single “Inevitable” vazou na internet meses antes do lançamento oficial -, como também para comprar músicas em websites oficiais, tendo assim mais acesso a cultura de outros países e poder adquirir álbuns raros. 

Sobre o futuro da sua carreira, Dulce afirmou que ainda é cedo para tomar decisões, mas pretende seguir com as carreiras de atriz e cantora em paralelo, ao contrário da sua compatriota Thalía, que abandonou a TV para seguir apenas como cantora. “Adoro escrever músicas. Para este disco, escrevi cerca de 300 canções, mas também gosto muito do ritmo de gravação das novelas, que é mais tranquilo”. A cantora afirmou ainda que pensa em cantar futuramente em português, e talvez posteriormente algumas canções em inglês, a fim de abrir mais horizontes para a sua carreira. Porém, sem planos nem prazos definidos. 

Sobre o livro “Dulce Amargo”, lançado em 2008, afirmou que foi um marco na sua carreira, e escreve desde os 11 anos de idade, e ainda tem muito material para escrever um eventual segundo livro. Encerrando a entrevista, Dulce comentou sobre a sua vida filantrópica, realizada através da Fundação Dulce María, que obtém recursos para ajudar aos necessitados em várias partes no mundo, inclusive no Brasil, amenizando as dificuldades dos menos necessitados. 

Estes foram os tópicos apresentados por esta atriz/ cantora adolescente que se mostra cada dia mais polivalente, onde teve um sucesso inicial relâmpago junto com seus colegas do RBD.